sexta-feira, 9 de maio de 2014

UM VENENO CHAMADO INVEJA...

Um tema que tem chamado a minha atenção nos últimos tempos, é a inveja. Sinceramente, sei que não estou imune a ela, mas a evidência do aumento de atitudes de inveja (sobretudo nas redes sociais on-line), tem me intrigado. Resolvi escrever este texto, para expressar minha preocupação e quem sabe, alertar muitos, desse mal chamado inveja. Para começo de conversa, precisamos entender basicamente o que é a inveja. Segundo a definição de muitos profissionais da área terapêutica, inveja ou invídia, é um sentimento de tristeza perante o que o outro tem e própria pessoa não tem. Em outras palavras, inveja é um sentimento ruim, que leva as pessoas a se entristecerem com as qualidades, conquistas e posses de outrem. A meu ver, a inveja é o pecado mais sutil e sorrateiro de que se possa ter ideia. Digo isso pois, muitos não terão dificuldade alguma em confessar ou admitir qualquer tipo de pecado, afora a inveja. Nunca vi alguém afirmar: "Sou invejoso!". Salvas algumas exceções, não temos muito problema em assumir que somos mentirosos, avarentos, preguiçosos ou maledicentes. Agora, confessar que somos invejosos é outra história... A admissão de tal realidade quebra o nosso orgulho e nos humilha. A grande verdade é que muitos de nós abrigamos inveja em nossos corações. Sustento essa afirmação, dando um belo e familiar exemplo. Dê um giro pelas redes sociais on-line e verás a inveja gotejando pelo visor de seu computador, tablet ou smartphone. São posts e mais posts carregados de críticas gratuitas e infundadas contra pessoas conhecidas por algum sucesso aparente. São comentários inflamados à posts despretensiosos. Como ouvi essa semana de um pastor, "O dedo tecla o que o coração está cheio". De fato essa frase é a melhor paráfrase que conheço (em dias atuais) das palavras de Jesus, que diz que botamos para fora aquilo de que o nosso coração se encontra cheio. A inveja é um pecado do espírito, ou como disse o Papa Gregório I (Catalogador dos 7 Pecados Capitais), um pecado frio, que não se expressa ou se manifesta na carne. Ou seja: é um pecado que pode ser ocultado facilmente com uma peja de humildade, mas que destrói por dentro. Salomão, o grande sábio, disse em um dos seus provérbios, que a inveja é a podridão dos ossos do próprio invejoso. Isso tudo que estou escrevendo, volto a dizer, é para expressar a minha indignação em relação a massificação de atitudes de inveja, sobretudo nas redes sociais e também para alertar quem quer que seja, sobre esse mal. Termino, convidando você a uma sincera reflexão sobre esse tema. Podemos fazer isso com algumas perguntas básicas. Por exemplo:  "Você sinceramente se alegra com o sucesso de pessoas próximas ou isso te desmotiva? Você é alguém que elogia gratuitamente os outros pelos seus feitos, qualidades e conquistas ou tem maior tendência em ver defeitos e erros nas façanhas alheias?"  E por último: "Você é alguém que se sente motivado a crescer pessoalmente com as vitórias alheias ou se irrita quando alguém compartilha ou posta em rede social, algum tipo de vitória pessoal?" Se as suas respostas afirmativas estiverem calcadas apenas nas segundas perguntas, sem sombras de dúvidas, você foi mordido por esse mal chamado inveja. Siga o Cristo crucificado!    

segunda-feira, 24 de março de 2014

UMA CONVERSA LIBERTADORA!

No começo do ano de 2011, me matriculei num curso teológico na cidade de São Paulo. A experiência de adentrar um ambiente acadêmico e teológico, tem me desafiado a pensar de forma autêntica aquilo que todo mundo comumente pensa. A própria essência do labor teológico  é o pensamento autentico e pratico onde se organiza aquilo que se pensa sobre Deus, o homem e a relação Deus/homem. Um dos assuntos sobre os quais mais tenho pensado é sobre a vontade e soberania de Deus. Desde muito cedo, aprendi na escola bíblica dominical, que Deus tem uma vontade específica para todas as pessoas e que, o grande segredo da vida, seria o descobrimento e a experimentação dessa vontade. Seguindo esse conceito teológico, é que muitos jovens ainda hoje, oram juntos antes de namorar, e se descabelam para escolher uma profissão. No ano de 2007 chegou em minhas mãos o livro: “Como fazer  e compreender a vontade de Deus”, dos autores,  Garry Friessen e Robin Maxson. Para mim, ler esse livro, foi como ter tirado uma venda dos olhos, sobretudo no que diz respeito a esse assunto da vontade de Deus.  Segundo os seus autores, a vontade de Deus para nós, é que andemos em seus caminhos em concordância com a sua Palavra. O que passar disso, é decisão pessoal de cada um. Portanto, se hipoteticamente estou querendo namorar, e tenho como opções, duas moças, sendo uma loira e a outra, uma moreninha, não devo orar a Deus pedindo esclarecimento sobre qual delas é a opção correta para mim. O que preciso fazer numa situação dessas, é escolher  a opção que melhor se encaixa no meu perfil. Deus não me castigará se eu optar por aquela que mais me agrada. A vontade de Deus sempre passará pelo o crivo de nossas escolhas, diz Garry Friessen e Robin Maxson. Após o contato com essa obra teológica, me senti mais leve e mais desencanado em relação a vontade de Deus para minha vida. Mas, ainda assim guardei algumas dúvidas e suspeitas em relação a esse assunto. Uma grande dúvida que ainda continuei abrigando na mente e no coração, foi sobre a relação entre soberania de Deus e o livre-arbítrio humano. “Se Deus está sujeito as minhas escolhas e decisões pessoais, então Deus está preso a postulados teológicos e por definição ele não é soberano”. Essa era a minha suspeita em relação a essa forma de se pensar a vontade de Deus. Entendi o conceito da vontade de Deus expresso no livro “Como fazer  e compreender a vontade de Deus”, como sendo o mais bíblico e racional. Mas, ainda não estava disposto a amarrar Deus nesse posicionamento teológico. A minha libertação, ou seja, o esclarecimento das minhas dúvidas e suspeitas, se deu por meio de uma conversa libertadora que tive com um grande amigo, há  uns quatro anos. Estávamos saindo de uma culto de domingo, em nossa igreja e enquanto conversávamos no caminho de volta para casa, chegamos ao assunto da vontade de Deus. Naquele momento, uma "ficha caiu" na minha mente, e assim, amadureci as minhas idéias e conceitos a respeito do tema, chegando a algumas conclusões. As conclusões a que cheguei foram as seguintes: Deus quer que tomemos decisões sérias e maduras e para nos ajudar nesse processo, ele escolheu respeitar o nosso livre-arbítrio. Inferi também, que a vontade de Deus está envolta por um paradoxo. Deus comumente não opera através de uma vontade específica, mas em muitos casos, ele assim o faz. Deus é soberano. Sua soberania implica em desfazer regras e postulados teológicos. Ele é o Deus que lhe permite escolher a loira ou a moreninha, abençoando-o independente de qual seja a sua escolha. Mas, ele também é o Deus que direciona você a escolher a loira ou a moreninha, abençoando-o conforme a sua escolha. Pense e amadureça, mas, não tente prender Deus em nenhuma doutrina ou regra teológica. Lembre-se: Deus não pode ser estudado! Siga o Cristo crucificado!    
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